Ouro Preto do Oeste

O município de Ouro Preto do Oeste foi criado pela Lei Federal nº 6.921, de 16 de junho de 1981, tendo como origem o PIC Ouro Preto instalado pelo INCRA em terras de antigos seringais de propriedade de Vicente Sabará Cavalcante. A área arrecadada pelo INCRA envolvia o seringal denominado Ouro Preto e mais os seringais Boa Vista, Santa Rosa, Aninga, Curralinho, Miolo e Santa Maria, sendo todos demarcados como glebas da nova colonização das terras do Território de Rondônia.

Ouro Preto do Oeste

O PIC - Projeto Integrado de Colonização Ouro Preto foi o centro do projeto de colonização concebido pelo Polonoroeste para o desenvolvimento da agricultura no ex-Território de Rondônia.
A história do município de Ouro Preto do Oeste é, praticamente, a história da colonização de Rondônia. A colonização oficial de Rondônia teve início em 1968, quando o Ministério de Agricultura se interessou pela colonização da Amazônia Legal. Naquele ano, chegaram ao então Território Federal de Rondônia os técnicos do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (IBRA), com a atribuição de localizar na BR 364 uma implantação de novos projetos de colonização. Por conta das suas terras de solo fértil, foi escolhido um local às margens do igarapé Ouro Preto, na BR-364, distante 40 km da atual cidade de Ji-Paraná. Nascia, assim, o Projeto Integrado de Colonização Outro Preto, ou simplesmente, PIC Ouro Preto. O local de instalação do projeto pertencia ao seringal Ouro Preto, de propriedade do seringalista Vicente Sabará Cavalcante. O projeto já envolvia outros seringais, como: a Boa Vista, Santa Rosa, Aninga, Curralinho, Miolo, Santa Maria e o seringal Raimundo Pequenino. A ocupação demográfica, que antes da instalação do projeto era mais moderada, a partir de sua implantação, em 1970, começou a intensificar-se, inicialmente, nas margens da estrada e depois ao longo das vicinais abertas pelo INCRA, pelas Secretarias de Agricultura e de Obras, do então território, pela Prefeitura de Porto Velho, e ainda pela ação desbravadora e participativa dos colonos. O plano inicial do INCRA previa uma capacidade de atendimento a duas mil famílias, mas, em 1973, já contava com mais de três mil, cada uma delas assentadas em lotes de 100 hectares de terras. O total de migrantes que se dirigiram a Ouro Preto em mais de três anos, foi calculado em cerca de 25 mil pessoas. O nome Ouro Preto, já adotado pela população, advém do fato de terem os técnicos do IBRA, no início da colonização oficial, identificado um tipo de solo roxo escuro, que eles denominaram ouro preto modal. O acréscimo do Oeste foi necessário para diferenciar de outro nome já existente no Estado de Minas Gerais
Ouro Preto do Oeste tem área territorial de 1.969,850 km2, população estimada de 39.840 habitantes e densidade demográfica 19, 25 hab/km2. Localizado na Mesorregião Leste Rondoniense, a sede do município está nas coordenadas geográficas 10°42’42” de Latitude Sul, 62°15’18” de Longitude Oeste e altitude de 259 metros.
O município de Ouro Preto do Oeste é formado pela sede e o distrito de Rondominas.
O município de Ouro Preto do Oeste teve parte de seu território desmembrado para a constituição dos municípios de Urupá, Mirante da Serra, Vale do Paraíso, Nova União e Teixeirópolis. Em 13 de fevereiro de 1992, por meio da Lei nº 368/1992, para a constituição do município de Urupá, por meio da Lei nº 369/1992, para a constituição do município de Mirante da Serra e, por meio da Lei nº 367/1992, para a constituição do município de Vale do Paraiso e; em 22 de junho de 1994, por meio da Lei nº 566/1994, para a constituição do município de Nova União e, por meio da Lei nº 571/1994, para a constituição do município de Teixeirópolis.